quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Imunidade espiritual

No início desta semana minha filha de 1 ano e 8 meses foi internada com sintomas de uma “virose”, ela que é uma criança super ativa, alegre e peralta, a levei ao hospital molinha, sem graça e abatida.

Ao contrário do que é amplamente recomendado a um epíscopo, ou a alguém que como eu o aspira, me desnudo e confesso aos irmãos que fiquei totalmente sem chão, a minha “imunidade espiritual” despencou, e em meio a toda essa angustia praticamente não enxergava a Deus, me sentia como o salmista: “Não escondas o teu rosto do teu servo; ouve-me depressa, pois estou angustiado Sl: 69 – 17”, então “BUSQUEI AO SENHOR, e ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou. Sl:34 – 4”.

A momentos em nossa vida que servem de alerta, como uma placa de sinalização dizendo Atenção, Volte para o foco! São momentos que nos faz colocar em prática toda nossa teoria teológica, que por muitas vezes deixamos guardadas em nossos arquivos mentais ao invés de gravá-las em nosso arquivo do coração.

O lado bom de tudo isso é que por mais uma vez assim como Jó tive a oportunidade de Reconhecer o meu Deus não só de ouvir, mas pude comtemplá-lo com meus olhos, vê-lo agindo com sua poderosa mão, e pra nossa alegria, minha princezinha está novamente em casa aprontando suas travessuras infantis.

Uma lição pra nossa vida, é para que façamos check-ups diários para verificar a nossa “imunidade espiritual”, e com isso não sermos pegos de surpresa com sua baixa e sermos abalados por qualquer “virose” espiritual.

A Deus toda glória

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Depende das Mãos que a seguram...

Neste domingo último fui impactado com a singela mensagem devocional ministrada por um garoto de 11 anos na escola dominical de minha igreja, algo que deve estar bem fixo em nossa mente, mas que tende a cair no esquecimento com o dia a dia, segue abaixo a mensagem:

Uma bola de Basquete nas minhas mãos vale uns $35,00
Nas mãos do Oscar, vale uns $7000,00
Depende das mãos que a seguram...

Uma bola de Vôlei nas minhas mãos vale uns $25,00
Nas mãos do Tande vale uns $5000,00
Depende das mãos que a seguram...

Uma Raquete de Tenis nas minhas mãos não tem valor algum
Nas mãos do Guga o tornou o primeiro do mundo
depende das mãos que a seguram...

Uma vara em minhas mãos vai manter os animais afastados de mim
Nas mãos de Moisés abriu o Mar Vermelho
Depende das mãos que a seguram...

Um estilingue nas minhas mãos é apenas um brinquedo
Nas mãos de Davi tornou-se uma arma poderosa
Depende das mãos que o seguram...

2 pães e 5 peixes nas minhas mãos tornam-se alguns sanduiches
Nas mãos de Cristo alimentaram multidões
Depende das mãos que o seguram...
Pregos nas minhas mãos podem significar a construção de uma casa
Nas mãos de Jesus...

Significaram a salvação do Mundo
Depende das mãos...
Como você pode concluir agora,
tudo depende das mãos.

Então coloque suas preocupações, seus sonhos,
seu anseios, seus temores, seus interesses,
sua família, sua vida, nas mãos de Deus,
pois tudo depende das mãos que os tem...


Nas mãos de quem enconta-se a sua vida???
Que Deus te abençoe e te segure na palma de suas mãos

Autor desconhecido....

A Deus toda Glória

sábado, 11 de agosto de 2007

Piedade uma grande fonte de lucro

Texto base: 1 Timóteo 6:3-15

Podemos observar ao longo da história e temos visto com certa freqüência hoje, homens de Deus, “Crentes” envolvido em escândalos em torno de dinheiro, riqueza e poder, Judas vende a Cristo por trinta moedas de prata e hoje este valor pode ser muito bem negociado.

Homens usando da “piedade” para obter lucros: “cuidando que a piedade é fonte de lucro, v6”, sendo pegos com dinheiro em malas, carros e até mesmo na própria Bíblia. Paulo nos adverte neste texto sobre os perigos da busca pela riqueza:
Adverte-nos dizendo que devemos nos contentar com o que Deus tem nos dado porque a busca pelo dinheiro é um buraco sem fim, e as pessoas que entram por este caminho caem em tentação, em armadilhas, em desejos descontrolados, que levam o homem a ruína e destruição.

Por quê? Porque o amor ao dinheiro é a raiz de TODOS os males. Não estou fazendo aqui apologia a pobreza e miséria, mas a idéia é que Deus sabe o que necessitamos, não precisamos ficar loucos tentando ajudar a Deus a resolver nossa vida, pois Ele já resolveu lá na cruz, no calvário.

Mas o interessante é que Paulo reage a isso dizendo a Timóteo que de fato a piedade é grande fonte de lucro. Versos 6-8
Mas o que ele quer dizer tudo isso? Que o lucro que iremos receber é aquele que Jesus preparou para sua igreja, pois o que é ganho aqui não poderemos levá-lo, e por isso devemos ser satisfeitos se temos aquilo que é necessário para nossa passagem aqui.

Diante disso, qual deve ser o proceder do servo de Deus?
Paulo encerra esta seção, v11-15, nos advertindo então para fugir deste caminho,a nos desviar deste foco, a nos envolvermos em outro tipo de busca. Uma busca que caminha na contramão desta outra, que é a busca da:
Justiça: Meus irmãos os grandes lucros e a justiça quase sempre andam em caminhos diferentes, e é bem complicado praticá-los ao mesmo tempo.
Devemos nos concentrar em viver e proclamar a justiça de Deus.
Piedade: A Piedade neste contexto é o modo de vida do crente, tem haver com santidade, com uma vida irrepreensível diante de Deus. E Paulo diz: você porém, homem de Deus busque isso.
A Fé: Quanto Paulo nos convida à busca da fé ele quer nos dizer que devemos buscar a certeza de que aquilo que o Senhor nos prometeu irá cumprir.
O Amor: Viver aquilo que Jesus pregou, esse foi o grande discurso do Senhor, e a chave para a vida eterna.
A Perseverança: Permanecer firme mesmo que todos os joelhos ao seu redor já tenham se dobrado a Baal, ao Deus deste Século.
Combata o bom combate: A palavra para combate, milícia, luta como temos em nossas traduções, tem o sentido literal de AGONIZAR, para Paulo irmão a vida Cristã era uma constante e intensa luta em defesa do evangelho de Cristo, e o próprio Jesus deixa bem claro isso quando nos convida a segui-lo, que quem quiser que negue a si mesmo tome a sua cruz e o siga.
E enfim o Grande foco de todo o evangelho e da vinda de Jesus a este mundo,
Tome posse da vida eterna:
Este deve ser o grande foco de nossas vidas enquanto estamos aqui, tomar posse da vida eterna, foi pra isso que Jesus morreu e ressuscitou, para que a nossa vida piedosa gere este lucro. Quando Paulo falou do lucro da piedade era a isso que ele si referia, o grande e sublime lucro, o qual ninguém pode nos tirar, o qual a traça não coroe, a ferrugem não destrói.

Paulo nos adverte sobre todos estes perigos da busca pela riqueza, dos males que o a busca desenfreada pelo dinheiro pode trazer, porque não temos condições de correr atrás de duas coisas ao mesmo tempo, porque são focos distintos, e para atingir um ou o outro é preciso muito esforço e não dá para dividir o foco.
Com isso devemos decidir qual é o nosso alvo e caminhar em direção a ele.

Algumas frases interessantes:
O Dinheiro é como a água do mar, quanto mais uma pessoa bebe, mais sede sente. - Anônimo

O Amor ao dinheiro é para a igreja um mau maior do que a soma de todos os outros males do mundo – Samuel Shadwick

Quando tenho um pouco de dinheiro, livro-me dele tão logo seja possível para que não encontre o caminho do meu coração. John Wesly

Dinheiro o maior deus debaixo do céu. – Hebert Spencer

Nada do que é de Deus é obtido com dinheiro – Tertuliano.

Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mt: 6:21

A Deus toda glória

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Ser evangélico não é o suficiente...

Hoje vou fugir a regra e publicar algo que não esrevi, mas li e gostei muito:

Trinta e cinco milhões de evangélicos. Esse é o dado do último censo realizado no Brasil.
A pergunta, no entanto, é: Quantos desses trinta e cinco milhões, de fato, já compreenderam o Evangelho de Jesus?

Porque compreender o Evangelho me leva a viver de um modo diferente. E quando digo diferente, não estou me referindo ao “diferente”, normalmente, utilizado para dizer que a pessoa não fuma, não frequenta alguns lugares, não assiste determinados filmes, não fala palavrões ou que passou a frequentar os cultos de uma igreja cristã, algumas vezes por semana.

Não é sobre esse diferente que estou falando. Porque se esse fosse o diferente, seria superficial demais, cosmético demais, paliativo demais. Seria, como se diz “só para inglês ver”. Esse diferente, até a educação e o bom senso podem produzir.

Eu conheço várias pessoas que não se consideram cristãs e que não fumam, não falam palavrões, não gostam de alguns filmes, não vão a certos lugares - não por uma questão de fé; mas, simplesmente, porque não gostam, não concordam ou porque sabem que não vai fazer bem à saúde e coisas assim.

Só que o diferente que eu estou falando é aquele onde o coração se torna mais compassivo, mais misericordioso, mais bondoso, mais limpo, mais verdadeiro, mais tolerante, mais caridoso, mais sensato, mais sábio, mais consciente, mais em paz, mais humilde, mais servo, mais voluntário, mais parecido com Jesus.

Se eu acho que compreendi o Evangelho, mas continuo preconceituoso, orgulhoso e insensível à dor do meu próximo; eu estou, completamente, enganado. Se eu acho que creio no Evangelho, mas eu não me compadeço, nem mesmo, de um familiar que está sofrendo com depressão ou ansiedade, eu estou, completamente, iludido. Se eu acho que eu conheci o Evangelho, e eu, nem mesmo, trato com misericórdia quem está sofrendo por causa de uma enfermidade; nem humano eu estou sendo, quanto mais cristão.

O Evangelho enternece o coração da gente. O Evangelho nos torna mais gente. O Evangelho nos ajuda a enxergar a nossa própria fragilidade e pequenez. O Evangelho nos faz ver que não há respostas prontas e nem fórmulas secretas. O Evangelho nos torna mais humanos. Nos faz mais parecidos com Jesus.

Será que as pessoas não percebem que conhecimento teológico ou bíblico não torna ninguém num seguidor de Jesus? Porque Ele disse que é manso e humilde de coração. E o que Ele quer nos dar é descanso para as nossas almas.

Há muita gente letrada na Bíblia, mas vazia do amor de Deus. É claro que elas querem ser amadas. E é claro que elas usam versículos para cobrar amor dos outros. Elas se vêem como vítimas do desamor e injustiçadas pelos outros. Mas, elas mesmas não vivem o amor. Não vivem a extravagância da graça. Pelo contrário, vivem de suas medidas e cálculos baseados na lei e nas regras rígidas e frias da religião.

Amor não é o que sentimos, mas o que fazemos. Deus amou o mundo e deu o Seu Filho. Daí que quando amamos, fazemos algo.
É aí que eu entendo que o amor é o único que autentica a vida com Deus. Ou seja, não há Deus se não há amor. Porque Deus é amor. E porque, sem amor, nada é feito em Deus e muito menos para Ele.

Quando falo de amor, falo dessa escolha de se doar pelo bem do outro. Esse olhar para a vida com os olhos do bem. Não um sentimento arrebatador que mistura química com hormônios. Mas aquela escolha da vontade de fazer o bem em nome de Jesus.

O amor lança fora o medo; mas, também lança fora o sentimento de vítima, o desejo de ser reconhecido, a luta por posições, o orgulho que nos faz olhar para as pessoas de cima para baixo, a arrogância religiosa, as disputas sem sentido e a falta de misericórdia.

O fato é que conhecer o Evangelho de Jesus é mergulhar na graça de Deus. Sem esse mergulho não existe Evangelho e nem compreensão dele. Pode haver cultura bíblica, conhecimento teológico, aparência de piedade; mas não há vida de Deus.

Que pena ver que o Evangelho foi transformado em uma simples doutrina a ser estudada. Que pena que há tanta gente que conhece a Bíblia, mas não reflete Jesus em sua vida. Que pena que as pessoas conseguem se considerar cristãs, mas não vêem que o alvo de tudo é ser como Jesus, amar a Deus e ao semelhante.

Quantas pessoas decoram capítulos inteiros da Bíblia, mas não podem se compadecer de um irmão que está fraco e doente. São capazes de explicar doutrinas e discorrer sobre os mais diversos temas da teologia, mas não expressam qualquer misericórdia e compaixão em sua vida.
O critério final do julgamento, segundo Mateus 25, não será o conhecimento bíblico ou teológico, mas o amor. “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber”. Parece que ainda não entendemos que o que fazemos a um dos nosso irmãos ou irmãs estamos fazendo a Jesus.

Não dá para amar a Deus e odiar o meu irmão. Não dá para falar nas línguas dos anjos e dos homens e não viver o amor de Deus. Não dá para profetizar, operar sinais e prodígios, curar enfermos e libertar oprimidos, e não ser compassivo, misericordioso, bondoso e humilde de coração. O reino de Deus é fundado sobre o amor-ágape de Deus. O amor que escolhe buscar o bem do outro.

Não um amor romântico ou sentimental; mas um viver onde as escolhas tem haver com essa busca. Isso, sim, tem haver com o espírito do Evangelho de Jesus. O resto é o resto.
Que o Espírito Santo se derrame sobre nós e nos faça ver que não só sem fé é impossível agradar a Deus; mas que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
O que interessa não é ser evangélico, é viver o Evangelho. O que interessa é ser de Jesus.

Pr. Paulo Cardoso
Fonte - Portal evangélico On-line