terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A liberdade que nos torna cativos...

Mc. 5:1-20 “... Quando se aproximaram de Jesus, viram ali o homem que fora possesso da legião de demônios, assentado, vestido e em perfeito juízo; e ficaram com medo. Os que estavam presentes contaram ao povo o que acontecera ao endemoninhado, e falaram também sobre os porcos...”.

O início do texto nos apresenta a triste história de um homem escravizado e cativo por satanás. Um homem descriminado, que vivia a margem da sociedade, sem nenhuma perspectiva de vida, pois o que tinha era na melhor das hipóteses uma sobrevida e muito sofrida. Mostra que este homem caminhava para a morte, não só física mais espiritual, pois além de agredir a si mesmo e viver em repetidas contendas com a população local sua vida espiritual estava entregue nas mãos de satanás.

Mas a partir do verso seis sua história que estava praticamente traçada rumo à desgraça eterna começa a mudar, no momento em que ele encontra com outro Homem.
Não um homem qualquer e sim “Jesus, O Filho do Deus Altíssimo”, e com este encontro a vida deste homem é transformada e o quadro de sua história muda como é descrito no verso 15 citado acima.
Jesus liberta este homem, lhe restitui a dignidade, o domínio próprio, o juízo e lhe concede nova vida.

É assim que acontece conosco hoje quando encontramos com o Senhor Jesus, Ele opera em nós todas estas maravilhas, nos liberta, restaura, nos coloca em posição de honra etc. Mas o mais intrigante e fascinante é que esta liberdade que Ele nos concede é a mesma que nos torna cativos a Ele. O homem no texto de marcos não sai daquele lugar e vai embora curtir sua liberdade, ao contrário, clama para que possa ficar com Jesus, ele quer estar com Ele, a serviço d’Ele, e Jesus diz não, vai e anuncia aos seus tudo que o Senhor lhe fez, e este homem como um bom servo vai e não se contenta em anunciar somente entre os seus, mas a toda cidade, e à medida que ia fazendo as pessoas se admiravam com o poder de Jesus.

A grande diferença é que este “cativeiro” não é imposto por grilhões e cadeias, não por força nem por poder, mas o que acontece é que somos constrangidos por tamanho amor a querer estar perto e servi-lo, a amá-lo a ponto de nos entregar ao seu querer, sabendo que estamos debaixo das mãos de um Deus que não é só amoroso, mas é o próprio amor.

É impossível para aquele que contempla tão grande salvação virar as costas e sair forro da presença de tão maravilhoso Senhor.

A Deus toda glória