terça-feira, 9 de setembro de 2008

Basquete e vôlei: os protestantes e as Olimpíadas

Creio que todos nós brasileiros, lamentando a falta de políticas públicas para a área dos esportes, vibramos com a medalha de ouro conseguida pela nossa seleção feminina de vôlei, a de prata pela seleção masculina, e com as boas apresentações das equipes de basquete.
Como a história é escrita pelos vencedores ou pelas maiorias (e não premia aqueles que não cultivam a própria memória), ninguém teve o interesse de se perguntar quem (e como) trouxe essas modalidades esportivas para o Brasil.
A verdade histórica é que o basquete e o vôlei foram introduzidos no Brasil pelos colégios protestantes no final do século 19 e início do século 20. O Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns, PE, onde estudei, o mais antigo educandário evangélico do Nordeste, construiu a primeira quadra poliesportiva coberta naquela região e sediou um campeonato nacional juvenil nos idos de 1959.
Os colégios protestantes (presbiterianos, metodistas, batistas, anglicanos e outros) foram pioneiros em muitos aspectos na educação nacional: a) primeiras escolas mistas (para homens e mulheres); b) primeiras escolas técnicas profissionalizantes: agrícolas, industriais e comerciais; c) introdução da disciplina educação física; d) introdução do basquete e do vôlei. Ao contrário da cultura ibero-católica aristocrática, valorizavam-se as mãos, o corpo e o trabalho.
Essas escolas, que abrigaram, inicialmente, os filhos discriminados da minoria protestante, se abriram para a emergente classe média (de Gilberto Freyre a Ariano Suassuna) e concedeu bolsa a milhares de carentes. O ex-presidente da República Itamar Franco (um órfão), conseguiu terminar os seus estudos secundários graças a uma bolsa concedida pelo Colégio Metodista de Juiz de Fora, MG, por ser um excelente jogador de basquete. As escolas protestantes estavam imbuídas da ideologia do progresso (religião superior + democracia + progresso), o que levou o ex-presidente da República Café Filho a afirmar, em sua autobiografia: “Aprendi a amar a Democracia na escola missionária de Natal (RN)”. O Movimento da Escola Nova buscou nesses colégios muito do que seria introduzido na educação pública no Brasil. O protestantismo de imigração já estava no Brasil desde a Regência: os ingleses, urbanos, com o comércio e a indústria, e os alemães, rurais, com a agricultura; o protestantismo de missão, desde 1855, com a chegada do pioneiro pastor e médico escocês Robert Reid Kalley.
Essa fase (1810-1910) foi marcada por uma visão missionária de participação e influência na cultura e nas instituições brasileiras, o que levou a minoria protestante a se envolver nas causas da Abolição, da República e do Estado Laico. Em geral eles eram pós-milenistas (otimistas) ou a-milenistas (realistas) em escatologia. Essa visão permaneceu nas propostas sociais, das pequenas bancadas evangélicas às Constituintes de 1934 e 1946, ao fomento de uma geração de intelectuais nacionalistas e socialmente reformistas, ao trabalho aglutinador, conscientizador e profético da Confederação Evangélica Brasileira (1934-1964), ao engajamento no incipiente sindicalismo rural do pré-64.
Com a importação das controvérsias teológicas norte-americanas (evangelho social versus evangelho individual; liberalismo versus fundamentalismo), da escatologia pré-milenista/pré-tribulacionista; com a vinda de um pentecostalismo “branco” (isolacionista), que, ainda por cima, absorve aspectos legalistas, anti-corpo e anti-prazer do catolicismo de romaria no interior do Nordeste (hoje, com uma nova geração lúcida querendo mudar); com a Guerra Fria, com a ditadura militar, os protestantes brasileiros entraram em uma amnésia coletiva que afetou a sua identidade. O divisionismo denominacional, a importação de toda novidade do estrangeiro e o fenômeno do pseudo-pentecostalismo (que nem é evangélico, nem é protestante) agravaram essa crise de identidade.
As atuais gerações não conhecem seu passado (personagens, fatos, idéias), nem suas bases teológicas; não sabem quem são, nem para que servem (uma multidão isolada, alienada e sem visão de participação). Seu crescimento numérico não tem alterado as mazelas nacionais, pois permanecem reduzidas às emoções, ao subjetivismo, ao individualismo, aos cultos-espetáculos estrangeirizados. O nosso passado é onde podemos buscar o nosso futuro.
O quadro atual pode e deve mudar. O basquete e o vôlei são, em muito, nossos. Os protestantes, mais do que todos, deveriam ter razão para comemorar!


• Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política -- teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo -- desafios a uma fé engajada. www.dar.org.br

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Quem os elegeu como nossos representantes?

No dia 26 de Agosto de 2008 discursou no Supremo Tribunal Federal o bispo Carlos Macedo de Oliveira, representante da Igreja Universal na Audiência Pública que debate a interrupção de gravidez dos fetos anencéfalos.

O que me intriga não é o fato de que a Universal assumindo uma disputa infantil com a Igreja Católica se manifeste contrário a tudo o que ela defende como aqui no caso do aborto si posicionando e militando a favor, como também no caso do uso da camisinha e outros.

Não, não é isto que me intriga, o que me chama a atenção é que este grupo tem assumido uma posição de representantes da população “Evangélica”, como expressa na reportagem da rede globo, sem nenhuma contestação por parte da Igreja Evangélica Brasileira. No congresso já encabeçam a chamada bancada evangélica e quando aparecem com dinheiro na mala, escândalos de corrupção etc, não são os líderes da universal, são os líderes evangélicos.

Quem elegeu estas pessoas como representantes de nossa “classe”? Quem os colocou nesta posição?
Já não basta a onda de pessoas que colocam as mãos sobre suas próprias cabeças e ungem a si mesmos pastores, bispos, apóstolos e sei lá mais o que?

Em toda classe social, empresarial, religiosa para que você faça parte dela é preciso preencher alguns pré-requisitos, mas para ser contado nas fileiras evangélicas não, basta rotular sua entidade como tal e já é!Acredito que chegou o tempo de se fazer uma peneira, de colocar os pingos no “Is”, tempo de se fazer uma confissão fé bíblica que demarque os pilares da fé evangélica, para que o nome da Igreja de Nosso Senhor Jesus não seja envergonhada e maculada pelo mau procedimento de uma classe que parece não estar nem um pouco preocupada com isso.

Quando os profetas se calam a voz da injustiça eco em alto e bom som por toda parte, precisamos nos posicionar, para que não sejamos mal representados por aqueles que tomam a palavra e a usam a seu bel prazer.

A Deus toda glória

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

O Segredo do viver bem!!!

Um dia desses, conversando com o meu pastor, lhe perguntei: - Qual o sentido da vida, como a gente sabe que está vivendo bem? Meu pastor começou a cofiar a sua vistosa barba, seus olhos brilharam e, com a singeleza que sempre o caracteriza, respondeu-me: - O sentido da vida é ter prazer e, vive-se bem, quando se vive com prazer.

Eu estava pronto para qualquer resposta menos para esta, sabe como é, a gente tem tanta idéia sobre tudo, e acha que tudo tem de ter, para ser digno de crédito, algum grau de sofisticação. E, prazer parece tão vulgar! Embora, a bem da verdade, todos gostem e queiram. Mas, é que prazer sempre parece fazer parte do furtivo, do subversivo. Bem... eu não iria dizer isso para ele...de verdade, nem precisava.

Respirei fundo e disse: Que tipo de prazer? Eu estava tentando fazê-lo se situar e me situar. Afinal, tem todo o tipo de prazer por aí. Mais uma vez ele me olhou para além dos olhos e respondeu: - O único, só tem um, quando há prazer, de verdade, só pode ser este.

Pronto, se a coisa já estava complicada, agora, havia se tornado enigmática. E eu estava certo de que há vários tipos de prazer, não há quem não concorde! Quer dizer, há... o meu pastor!

Mas, eu estava disposto a complicar –lhe a situação, não iria deixar a coisa assim tão fácil, porque, afinal de contas, isso não é resposta, ele fala o único, como se fosse o óbvio ululante. Perguntei-lhe, então, de chofre: - Onde está esse prazer?

Ele mirou-me, como poucas vezes, como a ler o que eu nem sabia que havia escrito, isto é, se fui eu que o escrevi. Dessa vez, arranjou o cabelo: - Vou-lhe dizer, primeiro, onde não está.
Sabe aquele casal que está saindo do motel, ainda ofegantes, declarando maravilhas um para o outro, onde um e outro nunca tiveram pacto, a não ser aquele que é quebra da aliança que, de fato, um dia eles celebraram e, cujos companheiros nem desconfiam que, naquele momento, está sendo relegada ao vulgar?

- Sabe aquele homem que está saindo do beco, com as mãos sujas de sangue, olhando para todos os lados, para ver se não foi visto, enquanto, apesar do rosto marcado pelo medo e pela raiva, pensa estar, finalmente, saboreando a sua vingança?
- Sabe aquele rapaz que está olhando para aquela moça, como quem olha para um objeto com que se possa fazer de tudo e que, só em fazer de tudo, encontra o seu sentido?
- Sabe aquele senhor em posição de autoridade, que acaba de finalizar uma operação financeira, espúria, que é a subversão de tudo o que ele representa e está lá para fazer?
- Sabe aquela pessoa que acaba de gastar uma fortuna numa pedra, que lhe conferirá muito “status”, apesar de ter custado algo que mitigaria a miséria de muitos?
- Sabe aquele jovem agachado no canto, com o olhar vago, que, embalado por um som desconexo, vê figuras espantosas, disformes, que, por acreditar que a vida não é, consome algo que o leva para o que não existe, e nunca mais o deixa voltar de lá?
- Sabe aquele sujeito torturando alguém, de alguma forma, pelo simples desfrutar do sofrimento alheio?
- Sabe aquele camarada querendo mudar o mundo por acreditar que isso é tudo o que há? E o outro que acha que o mundo é ele? Não é aí que o prazer está.

Mas, agora, olhe aquele casal apaixonado, descobrindo-se um no outro, preparando-se para envolverem, por toda a vida a vida toda. E aquele empresário que acabou de sair de uma reunião onde ele e outros decidiram usar os seus dons para mitigar a miséria alheia. Observe aquele cientista que, com afinco, se debruça sobre a sua prancheta, a reler as suas anotações, ele está ciente de que vai contribuir para o progresso da humanidade, que muita gente vai ser beneficiada. Veja aqueles jovens correndo à beira daquele lago, brincando de modo cada vez mais criativo e alegre, se deixando, entretanto, ser interrompido pela beleza do lugar. E há, também, o homem no seu trabalho, qualquer trabalho, grato por poder fazer o que está fazendo, compreendendo que faz parte da malha que mantêm o mundo dos homens funcionando, e gente se alimentando. Sem contar aquela senhora que acaba de separar algo das guloseimas que fez para sua família, para ofertar a vizinha do lado, que ela achou um pouco triste. Impressiona aquele marido, da sala, observando sua esposa a cuidar de seus filhos; admirado como o tempo a fez mais bela, a fez mais mulher, a fez mais gente, e como ela está presente na maioria de suas boas memórias. Admire aquele filho (a) abraçado (o) ao seu pai, à sua mãe. E aqueles pais recebendo o seu filho, com braços e sorrisos abertos, apesar de tantos desatinos.

Olha lá! Há alguém socorrendo o que tem fome, pelo faminto; curando o enfermo, pelo enfermo; dando água ao que tem sede, pelo sedento; visitando o preso, pelo encarcerado.
E o estudante encantado com o conhecimento? Contemple aquela pessoa, ali, debaixo da árvore, admirando a beleza e a matemática do universo. E o ancião concluindo, há mais entre o céu e a terra. E aquele jovem que acaba de mudar de idéia acerca de si, e está pronto para se deixar transformar. É aí que o prazer está.

A essa altura eu estava sem fôlego, foram tantas as visões, umas que causaram tanta dor, outras, tanto enlevo, visões que se alternaram e que me deslocaram para tantos lugares, o que eu poderia dizer?

Bem... Achei que, talvez, só mais uma questão, para entender bem: - Por que nessas atividades, tão díspares entre si, está o prazer? - Por quê? Replicou meu pastor, demonstrando alguma surpresa. – Porque eles estão meditando na grande lei. – Pastor, o Senhor me desculpe, mas, tantas coisas tão estranhas entre si, não parecem corresponder a nenhuma lei... Para dizer a verdade, se eu fosse definir isso tudo acho que eu chamaria de alguma espécie de amor. Aí toda a surpresa dele veio à tona! - E o que você acha que é a grande lei? – Que lei, pastor? – A minha! Disse ele. – Prazer é meditar no amor, e meditar, não é só pensar. Meditar é viver. Viver bem é viver com amor, em amor, por amor. É aí que reside o prazer. O amor só edifica, só aproxima, cria, se compromete e dá sentido. Quem vive assim... vive, e, viver assim é ser próspero, é ser como a árvore sempre verde à beira do riacho acalentador, que lhe garante geração constante, ou seja, lhe garante estar sempre em consonância com a Vida.

Ah! Pastor, pensei que o Senhor ia me falar da Igreja... – Mas, essa é a vida da Igreja. Disse-me. – E o culto? – Mas, esse é o culto. Respondeu-me. – E a celebração, então? – Tem de ser a explosão desse prazer. Arrematou.
- Ah! Pastor, então existe vida em meio ao caos e prazer em meio à dor? – Existe, filho... feliz é o que ama, porque vive.

Ariovaldo Ramos

terça-feira, 29 de julho de 2008

Pastores de fantasia e ovelhas de fantasia

É claro demais: não havendo ovelhas, não há necessidade alguma nem de igrejas nem de pastores.
Tão claro quanto: não havendo alunos, não há necessidade nem de escola nem de professores; não havendo doentes, não há necessidade nem de hospitais nem de médicos. Isso quer dizer que, havendo ovelhas, há necessidade de pastores.

Assim como há decepção mútua entre estudante e professor, há também decepção mútua entre ovelha e pastor. Os dois têm de saber que a decepção é de ambos os lados. Assim é mais fácil tratar do problema do relacionamento entre um e outro. É como se fosse um desconforto conjugal, que exige humildade e diálogo de ambos os cônjuges para recuperar a harmonia perdida
(veja Pastor & igreja: uma relação (conjugal) em crise, de Ricardo Agreste).

O problema é antigo e preocupante. Há ovelhas que se queixam amargamente de seus pastores e há pastores que se queixam amargamente de suas ovelhas. Enquanto Deus se queixa de ambos ou, conforme o caso, só de um deles.

No livro do profeta Zacarias há uma palavra muito dura contra os pastores:
“Ai do pastor imprestável, que abandona o rebanho”(Zc 11.17).

Em outras versões, o “pastor imprestável” tem sido pitorescamente chamado de “pastor de nada” (TEB), “pastor de coisa nenhuma” (EP) e “pastor de fantasia” (CNBB). Esse pastor é aquele que não se preocupa com as ovelhas. Não procura a que está desgarrada, nem cura as machucadas, nem alimenta as sadias, mas come a carne das ovelhas mais gordas (Zc 11.16). O quadro é patético. Serve para contrastar com o comportamento do Bom Pastor por excelência (veja De olho no grande pastor das ovelhas).

Se há “pastores de fantasia”, os tais pastores mercenários a que Jesus se refere (Jo 10.12), pastores sem alma, sem dedicação, sem testemunho, sem autoridade e sem mensagem, há também ovelhas obstinadas, que tapam os ouvidos para não ouvir, como o próprio Zacarias admite (Zc 7.11).

Há muitos pastores não de fantasia que já não sabem o que fazer por essas ovelhas imprestáveis, essas ovelhas de fantasia. Um deles, o profeta Jeremias, queixou-se de que pregou em vão durante vinte e três anos, dia após dia (Jr 23.3). Outro, o apóstolo Paulo, queixou-se de que suas ovelhas de Corinto nunca saíram da carnalidade para a espiritualidade, nem do leite para o alimento sólido, nem dos “ensinos elementares” para as “coisas difíceis de entender” (1 Co 3.1-3, Hb 5.11-14). (Veja Fome Zero — pastores e padres de mamadeiras na mão por este Brasil afora)


Revista Ultimato dezembro 2004

terça-feira, 1 de julho de 2008

Temos ouro e prata, mas não damos a ninguém...

Atos 3: 6 - Disse Pedro: “Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, ande”.

Uma vez escutei uma história que descrevia uma visita de um coroinha ao Vaticano, e o arcebispo que o acompanhava ia lhe mostrando as belezas que ali havia.
Chegaram a um grande e belo salão todo recoberto por ouro e prata e o arcebispo disse ao jovem coroinha: No início da Igreja um paralítico pediu esmola para São Pedro e São João na entrada do templo e ele lhe disse:
“Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isto lhe dou”.
Hoje nós temos ouro e prata nas paredes do Vaticano, e de pronto o coroinha respondeu ao arcebispo:
“Que pena que hoje não podemos dizer ao paralítico, levanta e anda”.

Acredito que isso se aplica a nossa realidade como protestantes hoje, temos ouro e prata, a questão é, temos, mas não repartimos com ninguém como era feito na Igreja de Atos. As Igrejas estão cada vez mais capitalistas e ricas, voltadas para si, enquanto a pobreza alastra ao seu redor. E o pior, muitos aplicam um verdadeiro terrorismo sobre seus fieis no toma lá da cá, e se não der além de não ter bênção ainda é amaldiçoado por Deus. Aprisionam as pessoas as quais Jesus morreu para que fossem livres.

O Dr. John Stott ao comentar Tg. 1:27 “A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Assistir os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo” disse:

“ O único valor dos cultos religiosos é que eles concentram em cerca de uma hora de atividade pública, vocal e congregacional, a devoção de toda a nossa vida.. Se isto não acontece, e ao invés disso dizemos e cantamos na igreja coisas que nada têm a ver com a vida cotidiana lá fora, em casa e no trabalho, então ir aos cultos é ainda pior do que fazer nada; nossa hipocrisia positivamente provoca náuseas em Deus”.

O que isso tem a ver conosco? Temos feito do meio o alvo de nossa jornada, o dinheiro que muitas vezes é o meio para abençoarmos vidas e impulsionar a obra evangelística tem se tornado o alvo da igreja moderna como foi antes da reforma.
Perdemos totalmente a noção primitiva de repartir o pão de casa em casa (At. 2:42), e de contrapartida vivemos um evangelho voltado para nossos pés, ou melhor dizendo para nosso próprio umbigo.

A Igreja Evangélica precisa novamente lançar seu olhar para o alto, para as coisas do alto, fitando na pessoa e obra de Nosso Senhor Jesus que sendo Deus se colocou em nossa posição humana, humilhando-se em nosso favor (Fl. 2:7,8).

Precisamos nos lembrar que:
“Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais infelizes I Co15.19”.

A Deus toda glória